Muito se fala sobre o envelhecimento, e ultimamente existe uma grande busca por saúde e qualidade de vida. Quando pensamos em envelhecer bem, associamos isso à “manutenção da juventude” que perdemos ao longo da vida por algumas características individuais.

Com a valorização exacerbada da juventude, a busca por procedimentos que diminuam os sinais de envelhecimento é cada vez maior. No mundo da estética e na busca pela juventude, muito se fala sobre o colágeno. E o que é o colágeno? O colágeno é uma proteína que faz parte da matriz extracelular da derme, que promove a estrutura desta camada.

Nossa pele é fisiologicamente formada por duas camadas, uma epiderme que é mais superficial e a derme, mais profunda. Elas se apresentam com características diferentes que devemos considerar quando pensamos em envelhecimento cutâneo.

A epiderme é altamente regenerativa e praticamente se renova de 21 a 28 dias geralmente. A derme é mais espessa, possui menor número de células, porém apresenta a matriz extracelular, onde temos vários componentes, inclusive o colágeno, que com o passar dos anos vamos perdendo a capacidade de produção desta matriz, impedindo sua resistência e espessura, provocando os sinais de envelhecimento, induzindo o aparecimento de rugas e flacidez. A conexão entre duas camadas da pele é muito importante, pois o que acontece na camada mais superficial, reflete na camada mais profunda e vice-versa.

Existem condições extrínsecas, que são externas, e que podem acelerar o envelhecimento cutâneo. Um exemplo bem claro é o efeito do sol e do cigarro na pele. Estas duas exposições ao longo da vida podem determinar uma flexibilidade maior do colágeno e, consequentemente, um envelhecimento maior.

Quanto menor a exposição solar do indivíduo ao longo da vida, melhor a qualidade da pele. Quando o paciente para de fumar, também percebemos, sem nenhuma outra intervenção, uma melhoria importante na qualidade da pele.

Já os fatores intrínsecos estão relacionados à genética e ao tipo de pele do paciente. Peles mais espessas e oleosas tendem a envelhecer menos que as peles secas e finas. Ou seja, o nosso envelhecimento será o resultado da conclusão de todos estes fatores relacionados.

Nossa capacidade de produção de colágeno vai durar ao longo da vida, e já existem evidências de que essa diminuição acontece a partir dos 25 anos. Portanto, quanto mais cedo controlarmos os fatores extrínsecos, melhor a qualidade da pele que teremos ao longo do tempo.

Infelizmente, as pessoas só começaram a se preocupar quando os sinais de envelhecimento começaram a aparecer, quando já existe uma perda parcial da capacidade de oferta desta proteína tão importante para a pele. A partir dessa evidência de envelhecimento, é que o paciente procura os tratamentos para recuperação, quando o certo seria a prevenção.

Uma vez que o paciente se conscientiza desse envelhecimento, ele se dispõe a fazer o que precisa para recuperar parcialmente esta capacidade de produção do colágeno. A boa notícia é que atualmente a medicina estética conta com uma infinidade de procedimentos que vão desde a reposição via oral do colágeno, o aumento da exposição solar com o uso de filtro solar, o uso de cremes que estimulam a produção de colágeno, até o uso de produtos injetáveis ​​para recompor o volume de colágeno, os bioestimuladores, e o uso de tecnologias como o laser e produtos químicos, como os peelings, e muitos outros.

É muito importante que o paciente faça um tratamento adequado à sua rotina, ao mesmo tempo que seja mais conveniente para o seu estilo de vida, sempre com acompanhamento de profissionais capacitados, e claro, de acordo com a condição financeira de cada um. Devemos nos respeitar e assumir o que estamos interessados ​​em investir ou submeter nesta busca de rejuvenescimento.

É importante termos a consciência de que a juventude é uma fase da vida que não conseguiu manter ou recuperar totalmente. Envelhecer bem é um processo individual com características pessoais.

Ainda sobre a prevenção, hoje temos muitos recursos para envelhecer com qualidade, como o uso de cremes diariamente, a exposição solar consciente, evitando os excessos que ao longo do tempo vão mostrar seu sinal, o uso de reposição oral do colágeno, que tem limitações de ganho, mas ajudar a manter a pele mais hidratada e com melhor qualidade, e tratamentos invasivos pontuais, que vão ter que ser renovados de tempos em tempos.